Acerca de mim

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Portuguesa,http://www.caminhosquefalamportugues.blogspot.pt/ Mulher, nascida no Feijó, concelho de Almada, http://www.umateladearco-irismargemsultejo.blogspot.pt/ Península de Setúbal, Portugal. Residir no Alentejo, Portugal Membro da Cruz Vermelha Portuguesa, sócia e socorrista(tripulante de ambulâncias e formação base), https://pensamentos-quemsomos.blogspot.com Pintora, http://umateladearco-irislilas.blogspot.com/ escritora, https://pensamentosvermelhoii.blogspot.com/ bloguer e fotografa. Autora, de mais de 150 blogues, publicados na Google. Do qual consta, as minhas historias 90, os meus desenhos 189, as minhas fotos 8992, os meus vídeos 230 Inclui também, algumas fotos do meu pai 98 fotos, quando este esteve em Goa, Índia, Em 1959/1960, em serviço militar. http://indiaportuguesaanos60.blogspot.com/ Alem das minhas publicações, nas redes sociais, Facebook, e Youtube, E os blogues Do que se fala, e Quiosque. mais cruz vermelha do qual sou membro, também tenho lugar, para publicações de outros.

PAGINA I,A Fazenda do guaraná,O Quadro azul, o mágico,Diário de um interior rural.etc


PAGINA I

A Fazenda do guaraná




Ja passava da meia-noite quando a carrinha chegava á fazenda.
-Estamos no fim do mundo. «dizia justina, para as outras manequins»
rose sai primeiro, tirando algumas malas, caminhou pela calçada empedrada, olhando em redor.
-Meu deus! como é linda! toda iluminada! o casarão, é enorme!
Emilio esperava-as no cimo da escadaria da fazenda, Del rosario rojo.
Rose, voltou para tras, ao encontro das restantes manequins que tambem traziam malas, uma delas cai, emilio desce da varanda, vindo ao auxilio destas.
-Ola, sou emilio posso ajudar-te?
rob sai da carrinha para verificar o que se passa. -Hum, complicado! consegues levantar-te?
a manequim abana a cabeça em sinal que não.
rob, procura ajuda.
-emilio, onde fica um posto de socorro ou hospital temos trabalho ja para amanhã de manhã, e convém estar tudo bem!
Emilio dá indicações.
-Segue a mesma estrada, ate á cidade, la encontrará, um medico, que resolverá.
Rob logo de seguida, seguiu o mesmo caminho pela estrada, de terra batida, justina fico olhando ate eles desaparecerem.
justina, pega em algumas malas ate á escadaria da fazenda, emilio ajuda.
-Vou deixar as malas na sala grande, e você arruma, tenho que ir para a fazenda do jacaré.
justina, olha-o com ar de espanto.
- O quê? vou ficar aqui neste fim de mundo, sozinha sem ninguem, não, não! não pode ser! «emilio tranquiliza justina.»
-calma, voce esta na fronteira do brasil com a argentina, não é bem, ainda no fim do mundo.
emilio esboça um sorriso, dando uma gargalhada em seguida.
-Louraça, tem que ter paciencia, olhe ja chove, com um bocadinho de azar, o rio da anaconda enche, e os seus amigos não passarão nem logo nem amanhã se continuar a chover, com um bocado de sorte eu tambem fico aqui, porque o rio do jacaré, tambem enche e passa por cima da ponte. «justina olhava emilio com rancor».
-Com um bocado de sorte? os rios enchem e alagam a fazenda e a casa, e você e eu vamos na cheia, não é! mulato! «Emilio franzio o sobrolho».
-Acabou a conversa! vamos para dentro eu vou telefonar, para o patrão, e você telefona para os seus amigos, para quando regressarem terem cuidado com o rio, passe bem! vou trancar tudo, e você tem cama por ai nos quartos todos, patrão mandou arrumar tudo para vocês, portanto escolha! Ah! comida tem la em baixo, eu vou buscar.
Emilio trouxe o comer para cima, colocando em cima da mesa, da sala do cacau.
-Louraça, trouxe o comer, venha!
justina estava no fundo do corredor do casarão e não ouviu emilio.
-Que casa tão grande! tantos quartos, deixa ver este está aberto? olha esta! fico com este, para mim! «emilio chama por justina».
-justinaaaaaaaaaaaaa! venha jantar! não vem! paciencia! ja parou de chover vou para cima.
Emilio abalou fechando tudo, deixou um bilhete em cima da mesa, para justina.
O telefone toca justina vem atender, não sabendo ao certo, onde ele está, depois de muitas tentativas, encontra-o.
-estou quem fala? «do outro lado alguem respondia»
-sim! é da fazenda del rosario rojo? «justina abana a cabeça que não»
-aqui é da fazenda do guaraná!
do outro lado o homem ri, á gargalhada
-Não! a fazenda do guaraná é esta! você é quem? a namorada do mulato emilio?
justina ficou corada e palida.
-não, não, não sou, e o senhor é quem? «o homem respondeu»
-sou o dono da fazenda, D gonçalo de vasquez, preciso falar com emilio, pode chama-lo?
justina, olhou em redor.
-não, não posso, fiquei sozinha, aqui as minhas colegas manequins abalaram, e o emilio tambem. «do outro lado o homem sorri.»
-ahhhhhhhhh! finalmente chegaram! quando emilio vier, diga-lhe que quero falar com ele.
justina desligou o telefone, olhou á volta, esta sozinha, e á sua frente uma mesa com comer, justina sentou-se e jantou, finalmente viu o bilhete do emilio.
"justina, fui para fazenda do jacaré, se houver algum problema, tem espingardas no fundo da sala, carregadas de pólvora, utilize so em necessidade, o telefone da fazenda do jacaré não sei, deve estar ai na agenda, onde esta telefone, talvez eu não demore la por cima.
Emilio estevez"
Justina depois de ler o papel continua a refeição, barulho na porta leva justina para fundo do corredor, para o canto onde estão as espingardas, segura-a com calma, e olhares bem atentos para a sala ao fundo, avança devagar escondendo-se na ombreira da ultima porta do corredor, que desemboca na sala do cacau.
As luzes estavam acesas, a porta do casarão abre-se, para a sala grande, justina vê tudo da sala do cacau, um homem entra, justina tremula, deixa cair a espingarda, o homem dispara, justina foge. O homem corre na sua direcção.
-Hei! hei! justina, justina! e você? se não for você essa pessoa, morre,já! aqui! ja! patrão! temos gente estranha aqui dentro, mande cercar o casarão!chame os capangas!
justina, escondida, tenta ver a cara do homem.
-não acredito! é o mulato! malvado! espera que eu te digo!
quando justina se preparava para atirar com a jarra para o ar, atras de si.
-oh! louraça! porque não respondeu? hum! «justina agora tinha atras de si, emilio.»
justina, sorriu. «-ufffffffffff, que alivio!»
emilio: «-aonde deixou a espingarda?»
justina apontou para o lado de lá, da sala do cacau. «emilio:»
-pronto acabou a guerra, agora vamos dormir, patrão mandou-me vir para aqui, porque seus amigos so chegam amanhã de manhã! boa noite!
Justina e emilio seguiram para os respectivos quartos, emilio parou olhando para tras para justina. «-louraça! esse quarto não!»
justina sai do quarto e olha para tras. «-o que foi agora, mulato!»
emilio chegou mais perto. «-é assim! esse quarto não é muito bom, porque chove ai dentro, é isso!»
justina, olhou atentamente emilio.«-e vou para qual quarto?»
emilio apontou para o fundo do corredor. «-aquele ali ao lado da espingardaria.»
justina, questiona emilio, sobre o quarto.
-se este quarto entra agua, por não fecha a porta?
emilio não responde, encaminhando-se para o seu quarto, fechando a porta de seguida.
justina fica no meio do corredor sozinha, entrando de seguida no quarto que emilio tinha dito que chovia.
-chove aqui! nem sinais de nada! que luxo, o quadro esta torto, justina ajeita o quadro, isto devia ser quando a fazenda era colonial, esta familia deve ser os patrões do emilio.
justina é interrompida por emilio
-justina! ja lhe disse para não ficar aqui! siga se faz favor para o seu quarto! saia para eu fechar porta á chave.
justina saiu de seguida, cabisbaixa, entrando noutro que emilio lhe indicara.
emilio segue para a sala do cacau a resmungar
-que paciencia, com isto tudo são 3.oo da manhã, daqui a duas horas, tenho que estar de pé, se eu lhe disse-se porque aquele quarto, não serve, fugia a sete pés, depois era uma chatice, os outros amanhã chegavam, e ela tinha abalado.
o telefone toca no corredor, justina e emilio chegam ao mesmo tempo.
-eu atendo!«diz emilio.» justina coloca-se á frente.«-não quem atende sou eu, e é já!»
justina atende.«-estou quem fala?» do outro lado:
-justina! justina! sou eu rob! desculpa ligar a esta hora mas o teu telemovel esta sem rede, ou desligado, amanhã estamos ai depois de almoço, estas bem?
justina:
-sim estou bem, mas com muita vontade de voltar para casa!
do outro lado rob, sorriu.
-eu compreendo, esse mundo não é o teu, justina, vai descansar ja sei que não estas sozinha, fica bem, um beijo.
justina desligou a chamada poisou o telefone, e estava sozinha no corredor, emilio tinha voltado para o quarto.«justina:»
-ja abalaste? mandão, é so dar ordens! se eu fica-se mais tempo, deixavas de ser assim! hum!
justina volta para o seu quarto.
A manhã estava chuvosa, e fresca, quando D gonçalo chega á fazenda del rosario rojo.
emilio ja o esperava.«-D gonçalo, como vai?» d gonçalo, cumprimenta emilio.
-bem obrigado, a manequim ja acordou?«emilio indica com a mão, que não.»
-D gonçalo, ontem a manequim queria ficar no quarto da cobra, onde morreu a outra, mas eu não deixei, ela agora deve fazer queixas, e falar sobre isso, eu dei a desculpa que chovia lá.
d gonçalo, olhou seriamente para emilio.
-fez bem, emilio, fezzzzzzzzzz, muito bem! nem uma palavra sobre isso!chovia lá, esta certo, se bem que ela hoje vai comigo para cima, porque as chuvas da noite toda, alagaram as margens do rio anaconda, a agua esta aqui perto, como costume quando chove muito, chama-me o juan gonzalez.
emilio de imediato, saiu da sala grande, desceu as escadas, e dirigiu-se á carrinha, que acompanhava D gonçalo. «-juan venido aqui a D gonçalo.»
juan saia imediatamente da carrinha.«-que tengo si algo pasa?» emilio:
-D gonçalo quiere verte!«juan sobre a escadas, na direcção de d gonçalo.»
-d gonçalo lo que pasa?«D gonçalo:»
-Quiero que las cosas del maniquí en la fazenda guaraná.
juan olha para emilio, seguindo os dois o corredor, justina abre a porta nessa altura, sorrindo para ambos:
-ja vieram? eles ja chegaram?
emilio, interrompe justina, perante o olhar serio de juan.
-justina, eles não podem passar patrão esta ali, para justina vir connosco para fazenda guaraná, pode confirmar com seus amigos.
justina confirmou logo de seguida com rob, emilio e os restantes empregados de D gonçalo, levaram as restantes malas, e algum material de fotografia, justina vem para a varanda da fazenda, enquanto emilio traz a ultima mala, e fecha a porta de seguida, D gonçalo, chega perto de justina.
-justina! a justina vem comigo no jipe, que eles vão todos juntos nas carrinha todo terreno, esta bem justina?
justina olha atentamente D gonçalo, que entretanto sorri para justina, que não respondeu, desceu as escadas e dirigiu-se ao jipe abriu a porta e entrou, D gonçalo segui-a, uma das carrinhas, passa para a frente enquanto a outra aguarda que D gonçalo, avance, para entretanto segui-lo.
justina olha em redor, metendo conversa com dom gonçalo.
-a paisagem é linda, verdejante, hoje esta muito fresco
dom gonçalo abana a cabeça, justina insiste.
-dom gonçalo, porque lhe chamam dom? isso quer dizer o quê? nobreza, politica, clero?
dom gonçalo, sorri para justina, respondendo em seguida.
-o Dom, foram os jagunços que me baptizaram, sabe eu sou colombiano, e ha muitos anos cheguei aqui para fazer negocios com estes dois fazendeiros, que levavam o tempo com brigas, e as mortes sucediam-se, heranças dos tempos coloniais! eu propus comprar as duas fazendas e acabar com as chatices na região, esta zona fronteiriça teem terras muito, muito boas, e eu fiquei. «justina interrompe:»
-e as famílias morreram ou fugiram?«dom gonçalo:»
-não! receberam o dinheiro e abalaram! sabes justina! as casas das fazendas estão em sitos muito maus, dois rios grandes e caudolosos passam muito perto, eu escolhi a fazenda do guaraná, porque tem um cabeço, e fiz la uma casa, na epoca das chuvas é mais seguro estar num cabeço, do que nestas fazendas!
justina de novo:
-pois aquela ali a del rosario rojo, ate chovia la dentro?«dom gonçalo:»
-ah! sim! não sabia!
justina, olha dom gonçalo, que entretanto responde de emidiato:
-ah! sim! pois! pois! é isso é! «fez-se silencio no jipe, dom gonçalo:»
-chegamos justina, seus amigos ja devem estar ai a chegar, vou mandar preparar tudo, para os receber.
justina, e dom gonçalo, seguem, a pé, para a casa grande da fazenda do guaraná.
emilio toca no ombro de dom gonçalo, quando este estava a subir a escadaria de pedra.
-dom gonçalo desculpe! anda um helicóptero a sobrevoar a fazenda!
dom gonçalo sorrri, exclamando.
-sim eu sei! procuram pessoas que desapareceram no rio da anaconda, e que ja devem ter ido para a catarata do colono degolado.
justina interrompe:«-colono degolado?»
emilio, olha para dom gonçalo e para justina.«dom gonçalo:»
-ah! pois! é uma lenda! eu tambem não sei ao certo o que foi, como lhe disse sou colombiano! emilio, tambem! o pessoal da fazenda, não! mas! ja não são desse tempo! 
ja conhece a lenda da india do lago?
emilio retira-se a rir, justina, olha muito séria para dom gonçalo.«-esta a brincar comigo?»
dom gonçalo, responde:
-sim! vou ja! estão a dizer que o almoço esta pronto, vamos!«emilio exclama:»
-dom gonçalo uma comitiva de carros todo o terreno, devem ser eles!
justina e dom gonçalo olham para tras.«dom gonçalo:»
-não! não ! é ramos cortez o chefe da policia, com carros á civil.
justina olha para emilio e para dom gonçalo.
dom gonçalo separa-se deles e vem receber as visitas.«-entonces lo que pasa?»
o ramos cortez, acena a dom gonçalo, que entra de imediato no carro, emilio e os restantes homens aproximam-se do carro do chefe da policia, justina telefona a rob, sem que os restantes percebam.
-rob? rob? quando veem? estou farta deste fim de mundo!
rob do outro lado tranquiliza justina.
-calma, estamos na argentina e logo á noite estamos ai, tivemos que sair do brasil e dar a volta para entrar de novo em terras brasileiras, os rios alagaram as margens, e era impossivel passar, fica bem, ate logo á noite, não te preocupes é gente boa.
justina fica a olhar o telemovel, quando rob desligou a chamada.
emilio surge:«-esta ver se tem rede?» justina:
-sim! lembrei-me de telefonar para rob, para saberem quando veem!«emilio:»
-não se preocupe o patrão ja falou com eles, foram dar a volta pela argentina, para entrar aqui nas terras das fazendas.
Dom gonçalo, deixa o carro da policia.
-vamos te-los por companhia, durante muito tempo, vão fazer buscas ás fazendas, ate á cascata do degolado, desapareceram turistas do hotel da casa grande da fazenda do general silveira castro, não se sabe se foi rapto, ou foram passear e foram surpreendidos na cheia, e se calhar comidos pelos jacarés ou anacondas, quem sabe ?
justina, emilio e os empregados ouviam com atenção dom gonçalo, e abanavam a cabeça.
Naquela tarde rob e as modelos chegavam, para grande alegria de justina.
Dom gonçalo e emilio montam a cavalo, abalando apos o almoço.
O sossego da casa grande é interrompido com o chefe da policia.
-Posso entrar? hei! oh da casa! esta gente? ou não!
A sala estava deserta, todos estavam recolhidos nos quartos.«Atras de si, emilio respondia:»
-diga chefe?«O Chefe da policia:» -Ah! estava ai! nem o vi!
emilio: -não! doutor não estava! cheguei agora a cavalo, mais dom gonçalo, passa-se alguma coisa? «O chefe da policia:»
-sim! passa-se, encontramos jacarés mortos, no rio da anaconda, e uma mala de senhora na cascata do degolado, podemos entrar na casa grande da fazenda del rosario rojo?
emilio olha para dom gonçalo que acabara de chegar.
-Pode sim senhor! emilio vai consigo, ah! não sei se sabe que na fazenda la em baixo, houve á muitos anos um homicídio, enrolaram uma cobra ao pescoço de uma mulher! nos temos esse quarto sempre fechado, não sei se sabia disso? é que estou cansado de estar sempre a contar o mesmo, cada vez que muda o chefe da policia, porque a vitima sou sempre eu.
O chefe da policia deu uma gargalhada, eu sei dom gonçalo, eu tenho um caso semelhante, vamos então emilio.
O chefe da policia monta no cavalo com emilio e rumam em direcção a fazenda del rosario rojo.
O chefe desmonta e emilio tambem.« emilio.» -Chegamos! quer subir, tenho aqui as chaves!
o chefe olhava em redor. «-lindo este local! que paz, olha! oiço papagaios!»
emilio, olha tambem em redor.
-ah! sim! são dali, tem acolá ninho! a propósito do sossego, sabe que nem sempre foi assim! aqui nesta fazenda! na outra tambem não!mas nesta, foi demais.
O chefe da policia, questiona, Emílio. «-Ah! não! porquê?», «emilio responde»
-Porque os colonos tinham fronteira,  entre a fazenda do guaraná, e a fazenda del rosario rojo, onde passa aquele caminho de terra batida, com os tempos e guerras, a fazenda del rosario rojo, ficou a pertencer, ao lado de cá. Os fazendeiros, descendentes dos colonos, não se conformaram com a ideia e o dono desta fazenda foi um deles, desafiou muitas vezes o coronel iguaçu lourenço que um dia perdeu a cabeça e mandou um jagunço afoga-lo na cascata do degolado. A mulher não teve melhor sorte e apareceu morta no tal quarto com uma cobra enrolada ao pescoço.
O chefe da policia limpava a testa com um lenço.
-Pois! era então ali a fronteira entre os dois paises! estava visto! o resto ja sei! por isso a cascata do degolado, dai deriva o nome, não precisa explicar mais nada, esta bem!.«emilio:»
-não sabe não? os filhos do gonzalez que era marquês, contratou gente do pior para pegar fogo na fazenda do guaraná, e assim foi, morreram quase todos queimados la dentro, restou a filha mais nova que estava na europa, Dom gonçalo quando aqui, a estas terras, encontrou desolação, uma casa grande queimada, outra abandonada, dom gonçalo comprou as duas, os restantes familiares que restaram das duas familias, abalaram para sempre.
Começa a chover, emilio e o chefe da policia, sobem as escadas, da casa grande.
emilio: «-chefe? é melhor irmos indo, porque daqui a bocado so de barco? não acha que será melhor?», «O chefe da policia, olha em redor.»
-Pois! de facto, e melhor, porque esta a ficar muito complicado. «emilio:» -vamos?
o chefe:«-vamos emilio.
Na fazenda do guaraná, na varanda da casa grande quase todos,olhavam a chuva.«Job:» 
-Mas que chatice! não para de chover, assim não dá! vamso embora amanhã de manhã, e procurar outro sitio para fazer fotos para a colecção.
dom gonçalo observava job, as manequins, e o ambiente chuvoso.
-Pois! é realmente muito mau, para o vosso trabalho! tenho uma ideia, que talvez ajude em alguma coisa!
job, e as manequins, olharam dom gonçalo. «job:»
-diga! dom gonçalo!
D gonçalo, começa então a divulgar a sua ideia.
-Vejamos, tenho uma coisas a tratar na colombia, e tenho fazendas lá tambem! é claro que o cenario idilico, não é o mesmo, que aqui! mas talvez sirva! o que acham? virem comigo ate lá?
job e as manequins, olhavam uns para os outros, emilio e o chefe da policia chegam entretanto.
O chefe da policia:
-Dom gonçalo, vamos ficar ate descobrir algumas coisas!
Dom gonçalo:
-Fiquem á vontade, eu estou de abalada para a colombia, com os alguns dos meus homens, este pessoal se quiserem ficar, fiquem! vamos, ate a ciudad de cristobal de la cruz.
Todos olharam Dom gonçalo, alguns homens sorriram e bateram palmas, justina, exclamou:
-Eu vou consigo! quero conhecer esse sitio.
Rob e as restantes manequins tambem demonstraram vontade em ir com Dom gonçalo, para a colombia. 
Alguns homens começavam a seguir na direcção das casas terreas, onde pernoitavam, e comiam, e ja longe dos olhares da casa grande,comentavam, algumas aspectos das manequins.
-Muchas mujeres de raza blanca, en la ciudad todos se maravillaran, la ciudad es pequena, en la ciudad por lo que hay algunos caballos blancos e serpientes albinas.
Os restantes homens riram á gargalhada com a conversa de pablo nino, "el indio", como era conhecido.
Justina chega entretanto, e fica pasmada a olhar para pablo nino, emilio vem logo atras.
pablo olha tambem para justina, ambos ficamos parados frente a frente na casa terrea da fazenda do guaraná.
Emilio:
-Oh! pablo, vai tirar essas penas de águia da cabeça, e os riscos da cara, porque justina esta assustada contigo.
Justina olha emilio e pablo, que entretanto sorria e cantava.
emilio puxa justina para fora.
-justina, pablo é indio é costume ele fazer isso nas horas da lazer, são tradições deles, dom gonçalo sabe mas não se importa, venha, este local não é para si!, eles ficam aqui, divertindo-se e passando as horas, as mulheres aqui não entram, vamos Dom gonçalo esta a combinar detalhes para amanhã irmos para colombia, ha um voo por volta das 11.00 horas seria bom irmos nesse.
Aquele foi o ultimo dia para manequins e rob, no Brasil e argentina, no proximo dia e dias seguintes, a colombia foi os dias em pleno.
Dom gonçalo:«-emilio esta com pena das manequins irem embora?»
emilio: «-eu? patrão! não! eu recebo ordens do patrão! só isso!»
Dom gonçalo:
-emilio! eu levo o tempo arranjando mulher para você! por isso dei ordens para tomar conta da manequim!
emilio e dom gonçalo olham um para o outro e riem á gargalhada, pablo nino, surge.
-riem de quê? «Dom gonçalo e emilio, respondem:»
-De você, essas penas na cabeça, são de quê? de falcão?
Rob surge entretanto:
-ham! boa disposição? vim dizer que vamos embora, terminamos, as fotos, mas como vamos entrar de ferias, se não se importaram, ficamos para ferias! dom gonçalo, pode recomendar-nos algum sitio onde possamos ficar todos? «Dom gonçalo:»
-Deixe ver! sitio! sitio bom? acho que sim, em cartagena das indias!
Silencio geral, com a resposta de Dom gonçalo, rob:
-Esta bem Dom Gonçalo! nós ficamos!
Todos olharam Dom gonçalo.
-Emilio e pablo, providenciem em cartagena das indias, o melhor hotel para estes meus amigos.
emilio e pablo começaram a rir-se, rob não percebeu.
Dom gonçalo, chegou-se perto de rob, e pos o braço por cima dos ombros deste.
-Amigo rob, vai ficar alojado no melhor hotel do mundo em cartagena das indias, que é de Dom gonçalo de vasquez.
Emilio e pablo, começaram a rir ás gargalhadas, seguidos de rob e Dom gonçalo e de algumas manequins que cruzavam olhares com emilio e pablo nino.
Justina chega: «-riem todos de quê?»
Dom gonçalo.
-Não faça caso, beberam demais! penso que seja disso!

ana paula alberto caldeira 12/06/11


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O Quadro azul, o mágico


Florbela, chegou mais cedo naquela manhã ao escritorio da empresa, cumprimentou os colegas e saiu.
Tinha uma serie de casas para ver que posteriormente seriam postas á venda.
Começou pela casa da serra, conhecia bem aquele local, rodeado de arbustos e arvores altas, do lado de cima a arriba, em frente ao mar.
A casa grande tinha portões enrendelhados ferrugentos, janelas de madeira, meia podre, e as escadas de pedra cheias de erva, ao redor o mesmo, ervas muito altas
Florbela bate á porta, gustavo vem abrir.
-florbeka! como vai?
florbela, interrogou gustavo.
-gustavo não é florbeka, é florbela querido! ta bem?
gustavo abanou a cabeça, florbela continuou o discurso.
-gustavo querido, venho ver o palacio do papá? pode ser?
gustavo abanou a cabeça, dirigindo-se a sala grande, onde se encontrava a maior parte dos quadros da familia do comendador.
Florbela olhava o cabelo ja grisalho do gustavo,
-gustavo, você tem 59 ou 69 anos?
gustavo olhou muito serio florbela.
-florvela tenho 57 anos, e você, tem quantos?
florbela, sorriu.
-Eu? 18 gustavino!
As gargalhadas de ambos ecoavam pelo casa antiga e cheia de remendos, por todo o lado, quando, parte do tecto do salão caiu, mais o candeeiro de velas do tempo do bisavô do comendador e sir.
Florbela e gustavo pararam de rir, gustavo fugiu, a gritar.
-È o espirito do meu avô?
Florbela, manda calar gustavo.
-Cala-se, que o seu avô ja tem os bigodes encolhidos da sua gritaria!
gustavo parou, olhando para tras.
-O meu avô? aquele é o rei de inglaterra! o que casou com uma divorciada!
florbela questionou gustavo.
-gustavo, esclareça-e uma duvida o rei tinha bigodes? não me lembro?
gustavo olha para ela.
-como sabe! você não conviveu com ele! se esta no quadro é porque tinha, venha ver o resto da casa, para podermos acertar o preço, para venda, que é para isso que cá está.
florbela e gustavo percorreram a casa toda.
Florbela, ja de saida, comenta com gustavo.
-gustavo, a casa querido, esta muito degradada, e depois com estas ervas do seu tamanho, não valoriza nada, percebe?
gustavo olhava á volta.
-florbila não exagere, talvez com os animaizinhos do vizinho de cima, isto fique reduzido, depois volto a contacta-la, fofa!
florbela, olha atentamente gustavo e o terreno de cima.
-gustavo, ali so existem vacas? pelo menos é o que esta á vista!
gustavo sorri:
-Para semana volto a contacta-la, passe bem.
florbela retirou-se, olhando o relogio, e a casa, entrando de seguida no carro, naquele dia ja não foi ver as casas que tinha agendadas, de regresso á empresa, so um colega apenas ali estava na hora de almoço.
florbela escrevia quando o colega a interrompe:
-olhe amanhã vou a um leilão? estou aqui ver obras lindissimas.
florbela não respondeu:
O colega insistiu:
-florbela vou a um leilão?
florbela respondeu:
-ah! ok, bom proveito, eu vou mais tarde!
o colega de florbela, fica a olha-la:
-florbela, sente-se bem?
florbela, olha atentamente o colega
-sim! diz lá? alfredo?
alfredo, repete:
-daqui a pouco vou a um leilão de obras de arte, que vi na net!
florbela:
-ok, va! que eu fico!
alfredo insiste:
-não! tem que vir comigo, a confirmar-se, o que esta ali, tu vais adorar.
florbela, levanta-se, dirigindo-se ao pc do colega.
-deixe ver, o que me possa interessar neste leilão, que tenha mais interesse que a casa do gustavinho? vejamos! nada! um quadro do merlin? do merlin? aquele magico, do livro de ficção dos tempos do rei artur? o que este quadro esta aqui a fazer?
alfredo:
-pois é? um recheio de uma casa, cujo as telas foram pintadas pela dona da casa, eu vou, e depois tambem tem o intreresse da casa!
florbela abana a cabeça.
-não Alfredo, detesto leilões e depois não vejo interesse nenhum nestas telas, boa viagem! cuidado com estas coisas da net, não seja raptado, e depois não tem dinheiro e nos teremos que fazer peditório para o deixaram em paz, não sei se lembra da ultima vez no brasil?
alfredo saiu, resmungando:
- não se pode falar consigo!
florbela estava de saida e cruza-se com o patrão da imobiliária.
-nuno, eu vou ver mais casas, ja fiz o preço da casa do comendador, e espero pelo preço deles, o alfredo foi a um leilão, e ver a casa.
nuno, olha florbela, colocando em seguida as mãos nos bolsos.
-não vou pagar nenhum resgate do alfredo, espero que ele não volte a cometer os mesmos erros.
Naquela tarde alfredo ainda voltou á imobiliaria.
-florbela não vais acreditar? a casa que ia a leilão com o recheio foi assaltada, e não houve leilão, so para a semana!
florbela e nuno, olham boquiabertos para alfredo, florbela exclama:
-uffffffffffffff, que alivio! estares aqui, quer dizer que o quadro do bruxo, foi roubado, tambem?optimo!
nuno, interroga alfredo.
-bruxo? qual bruxo? estão a falar de quê?
alfredo, responde a nuno, enquanto florbela, assinava uns papeis.
-nuno, caro amigo e chefe! não é propriamente bruxo, é um magico! era um quadro magnifico! com o magico famoso merlin, pintado pela dona da casa, foi de facto uma pena!
nuno sorri para alfredo:
-que bom! ja esqueceu o leilão?
florbela da uma gargalhada.
-toma querido, uma imagem do merlin que tirei da net.
florbela e nuno, saem a rir-se.
no dia seguinte fim de semana florbela vai visitar gustavo, a casa estava fechada, e o caseiro, veio abrir os portões, que ja fechavam e abriam, para espanto de florbela.
-cherri! o que aconteceu, ás ervas? esta tudo limpo! os portões ferrugentos ja fecham?tudo pitadinho! estou espantada!
eder não respondeu as perguntas, limitando-se a esclarecer florbela.
-o sr embaixador gustavo não esta! so volta para a semana, mais alguma coisa?
florbela olha eder, e fica pensativa.
-esta no egipto?
eder:
-não! na turquia!
florbela:
-é isso turquia! eu volto para a semana! outra coisa a casa do comendador, ainda esta á venda? é que eu sou da imobiliaria, e preciso saber? eu e o embaixador tínhamos falado sobre isso!
eder, responde de imediato:
-não! o sr embaixador, decidiu que ficava com ela, e acertou detalhes com os irmãos.
florbela, virou as costas.
-obrigado, eder! dê cumprimentos meus, ao embaixador.
eder abanou a cabeça, respondendo:
-serão entregues, fique descansada.
Nesse fim de semana florbela esqueceu a casa do gustavo.
Na segunda-feira,anotou alguns endereços e telefones de outras casas.
Alfredo procurava leilões na net, nuno verificava a contabilidade da empresa.
alfredo encontra algo, que sobressalta todos os funcionarios ali ao redor.
-ha, ha, ha encontrei, encontrei, foste enganada colega florbela, afinal, afinal, o teu amiguinho embaixador, é vigarista? pois é!
florbela e nuno, mais os restantes empregados, olhavam alfredo, com vontade de rir, mas não riam abertamente, porque o chefe não gostava de grandes risadas.
florbela levanta-se, dirigindo-se ao alfredo.
-esta bom da cabeça? o que se passa, agora?
alfredo, aponta o dedo para o ecran do computador:
-aqui! querida! aqui, olha, vai haver um leilão na casa do embaixador! e casa tambem vai a leilão, tenho que ir, esta não posso perder.
nuno interrompe.
-confirme se é o mesmo sitio? e se conhece a casa, verifique se é a mesma?
florbela, abanou a cabeça, em sinal de confirmação.
alfredo:
-tem aqui quadros, muito, mas muito interessantes, de pintores estrangeiros, turquos, israelitas, americanos, entre outros.
florbela, não quis ver mais, nuno saiu.
Nos dias seguintes Alfredo foi de ferias, florbela continuou o seu trabalho, a ver casas para venda.
gustavo liga para a empresa e nuno atende.
-sim, quem fala?
do lado de lá gustavo apresentava-se, e nuno responde:
-ola gustavo? diga coisas!
gustavo:
-florbela, esta por ai?
nuno:
-não, anda no trabalho dela, mas pode ligar para o telemovel, se é, que sabe?
gustavo:
-acho que sei, mas não sei, é onde o pus! vai haver um leilão na minha casa, se estiverem interessados, podem vir todos, tenho obras de arte de rara beleza, e vão gostar, transmita-lhes o meu convite, se for necessário envio por carta, um abraço, nuno!
nuno responde:
-obrigado embaixador, vou transmitir a sua mensagem, fique descansado, la estaremos, ate lá, boa semana.
Do outro lado, gustavo agradeceu, retribuindo tambem.
Tal como, o prometido, na semana seguinte foram ao leilão do embaixador, não tinham convite, mas os seguranças ja sabiam que eles iriam.
O embaixador veio recebe-los.
-sejam bem vindos, houve uma alteração, em vez de leilão, é uma exposição de quadros, de alguns artistas, peço desculpa por não ter avisado.
florbela, entra de imediato atrás de alfredo, ficando em seguida junto de uma mesa, nuno fica com gustavo, a conversar.
florbela:
-alfredo, alfredo, alfredoooooooooooooooooo! venha buscar um roteiro, assim só vai ver as obras que mais gosta, a exposição esta pela casa toda, e esta casa é muito grande! e assim torna-se mais fácil, com o livrinho.
alfredo:
-escolha esse método para si, eu vou andar a ver, mesmo sem livro, assim vejo a mansão, toda!
florbela encolheu os ombros, iniciando a visita.
Ao fim de algum tempo, parou em frente a um quadro.
-magnifico, a imponente fortaleza de massada, no cimo do morro, o mar morto, e o azul forte do céu, em contraste com o tom amarelo torrado, da restante paisagem, fascinante, este quadro deve ser uma fortuna.
o pensamento de florbela é interrompido por alfredo.
-florbela! florbela! florbela, venha ver este quadro.
a galeria esta cheia de gente, e todos olhavam para alfredo, gustavo observava-os de longe sorrindo para o nuno.
florbela encaminha-se para o pé de alfredo.
-o que foi homem?que gritaria é essa?
alfredo aponta o dedo, para o quadro.
-olhe! olhe! esta beleza?
florbela, observa atentamente.
-é lindo, de facto, uma paisagem americana, deve ser o arizona? ok! vou voltar para o quadro da fortaleza massada.
alfredo, fica a olhar o quadro, a meio do caminho, florbela, chama alfredo.
-venha cá! descobri outro! você, anda a ver, mas não vê nada!
um oásis no meio do deserto, olhe só esta beleza natural tão original, o azul do céu, a lagoa azul, com as palmeiras, á volta, reflectidas nas aguas, a tonalidade amarlenta das areias á volta, parece uma fotografia, ou seja sinto-me ali!
alfredo ficou a olhar.
gustavo, chega perto de florbela.
-florbeka! qual gosta mais, do quadro, do turquo ou do quadro do judeu?
florbela, estremeceu:
-aiiiiiiiiiiiiiii, que susto, quer matar-me?
gustavo:
-não! claro que não! qual gosta mais? eles fazem um igual para si! porque esses dois, estão vendidos! por uma fortuna.
florbela olhou gustavo, e atras deste, dois homens sorriam.
florbela, olhou-os, murmurando: -quero os dois!
gustavo, olhou-a, respondendo de seguida:
-quer os dois? esta bem! eu falo com os pintores.
florbela, que continuava olhando os dois homens, que agora conversavam com nuno.
-não! os dois não! quero dizer, era isso, são lindos, são pois! os quadros! é isso, sim pode ser copias, pois.
gustavo, abanava a cabeça:
-não percebi? quer copias ou não quer?
florbela retirou-se.
-vou ver melhor, qual gosto mais.
florebela da uma volta pela galeria, e quando regressa os pintores oferecem-lhe um quadro.
florbela abre com cuidado sorrindo, para ambos.
-oh! oh! é lindo! sou eu, a olhar o oasis e a fortaleza de massada,e este tom de azul, como fundo, está magico, perfeito, obrigado aos dois.
Os pintores agradeceram e afastaram-se, gustavo surge.
-florbila? gotou da supresa? você, o oasis de sonho, e a fortaleza historica de massada! que tal? para mim é o melhor quadro da galeria, ja lhe chamaram, o magico, ja tinha compradores? sabia? agora é consiguo?
florbela, sorri para gustavo.
-obrigado! você é um fofo! a propósito? quer ou não quer vender a mansão do pápá?sabe que eu sou, uma mulher de negocios?
gustavo:
-adiante! se você vender esse quadro, nunca mais lhe falo! agora escolha!

ana paula alberto caldeira 10/02/2011
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Diário de um interior rural.



Diário, do interior rural ,alguns aspectos.
Naquela manhã solarenga, chegava, a um aldeia, que se chamava, Montado.
Aproximei-me, com o carro, os aldeões, olhavam-me desconfiados por de debaixo das boinas, parecendo murmurar pelos gesto dos labios:-Quêm será este gajo? os restantes aldeões resmungavam, e agora eu ouvi: -Deve ser algum ladrão, que vem enganar a gente, aqui do povoado! Abri a janela, questionando-os: -amigos onde fica aqui as ruinas do convento do montado?-os homens responderam, em coro: -não sabemos! insisti: -mas os senhores! não são daqui? os aldeões, responderam: - não! não somos! continuei: -sabem ao menos dizer-me onde posso almoçar, daqui a pouco? os aldeões responderam:
-ali, ja a seguir! esta um cafe, que serve almoços.
os aldeões um , por um, levantaram-se desaparecendo pelas ruas estreitas da aldeia.
segui a rua, e encontrei o cafe que servia almoços, arrumei o carro sai entretanto: -deve ser este aqui! vou entrar!
ja dentro do cafe, homens encostados ao balcão com boinas, na cabeça, a tapar-lhes a testa. -bom dia! os homens:
-bom dia! chamou-me orlando, venho ver as ruinas do convento do montado, sabem dizer-me onde fica?
um dos homens, respondeu:
-sim! sim! fica para la das bandas do cemitério, mesmo da parte de baixo, mas aquilo esta cheio de silvedo, ainda ontem o chico da foice, matou la uma grande cobra, que andava a comer as galinhas!
O homem do cafe, interrompe:
-senhor orlando desculpe interromper, mas não foi a cobra foi uma raposa, que andava ai! o convento não é bem ao pe do cemitério, é mais para a banda de lá, do olival do lourenço da vinha.
eu respondi: -mas afinal, é para onde? desço a rua! ou subo?
os dois homens ao mesmo tempo: -sobe! o outro: -desce!
um terceiro homem: -venha cá, olhe ali, ao fundo, vê alguma coisa? Eu fui espreitar: -sim! umas paredes, altas de pedra.
o homem: -é isso mesmo! as ruinas do convento do montado de fora, desce, e va frente, as ruinas são ai!
Segui as dicas do terceiro homem do café, cheguei finalmente ás ruínas do mosteiro.
-fantástico! as ruínas, vou ver se chego mais perto! hiiiiiiiiiiiii! silvedo e ervas, isto está ao abandono, olha a igreja do mosteiro ali! que interessante!
Um aldeão, vem espreitar-me, e mais aldeões, chegam tambem, consegui ouvir o que eles diziam:
-que andará ele a ver, manel? se só ali existe pedras e ervas.
outro homem responde:
-sei lá! pergunta-lhe!
meti-me com eles: -heiiiiiiii! amigos! onde posso almoçar hoje?
os homens um a um foram abalando todos,fiquei a olhar, para eles, entretanto surge outro:
-amigo, então que tal? eu respondi: -acho interessante estas ruinas!
O homem: -vai ficar por ca muito tempo? Eu disse: -o tempo necessario! olhe existe aqui algum local onde eu possa almoçar?
o homem: - detrás do mosteiro, na pensão frei mateus, o nome do fundador desta ordem religiosa, que ergueu este mosteiro, que foi tambem dos templários, ficou assim ate hoje, hei! hei! não se sente ai? homem! nesse local dizia o meu avô, que ja dizia o pai dele, e o avô dele, que era ai o cemitério deles!porque estamos dentro da igreja.
fiquei palido, olhei-o, homem que sorria.
-esta assustado! amigo! veja la as inscrições das pedras, se é que percebe alguma coisa disso?
Olhei, para o chão, para todas as pedras, fiz a leitura em voz alta.
O homem: -ja vi que percebe! apesar de estar em latim, venha ate á pensão, não tarda muito, chove, o ceu vem carregado de nuvens escuras, ja se sente o frio do norte, la de cima da serra do milheiro.
Acompanhei-o ate á pensão, instalei-me numa mesa do restaurante.
-onde anda o meu diario, tinha muita coisa para hoje,antes de iniciar a refeição, porque a seguir, bem! a seguir! outro interior rural, espera-me, não muito longe daqui!
ainda escrevi, no diário do interior rural, como passei o dia.
-hoje dia 12 de Dezembro foi um dia muito confuso, como podem verificar, na minha escrita.
Depois de almoço, sigui estrada para outro interior talvez pernoite na proxima terreola, não sei! Por vales e planícies, e algumas serras, segui em direcção á estrada nacional mais próxima, povoados pequenos, com castelos, e um ou dois mosteiros, por fim cheguei ao povoado serrano, do urso encantado, poucas casas, uma igreja, tudo um pouco diferente ao dia anterior, aqui ja não pintam as casas por fora, é pedra sobre pedra, as ruas muito estreitam, se calhar esta noite durmo no carro.
Preparava-me para sair do carro, oiço um sino a tocar, gente de preto apressava o passo para um largo, fui ver, e estava tão curioso que deixei o carro aberto, não tranquei as portas, perguntei a um aldeão, que correria era aquela, que sinal era aquele, parecia de sino.
O homem de garruço cinzento, que lhe tapava as orelhas e parte do pescoço, respondeu:
- ah! não é de cá, pois não? nunca o cá vi!vem fazer uma reportagem? a terra é pequenina! e como vê é so lages, e casas de pedra!
respondi: -bem! quero dizer! não! bem!ia de passagem, achei giro, esta pequena povoação, e vim aqui a cima desta serra! olhe o sino tocou porquê? o homem respondeu:
-estava a tocar á missa! foi isso!
O frio era intenso, abanei a cabeça ao homem e voltei para o carro, adormeci, a olhar as casas de pedra, quando acordei era madrugada e o sol nascia detras dos penhascos, agarrei o diario e escrevi, tudo isto, no dia 13 dezembro, mais um interior rural profundo.
O dia ia ficando cada vez mais claro, e segui a estrada, varias placas indicavam a auto-estrada, virei á direita, as placas indicavam Espanha, e outra mais á frente da também indicação de um rio internacional.
Ao longe avistava-se uma povoação, segui por ali para comer qualquer coisa, estrada tinha vestígios de alguma neve, e a olhar a neve, nem me apercebi, do caminho que tomei, por fim uma vila pequena de arquitectura ligeiramente diferente, pensei, aqui é vou parar. Entre num lugar simpatico, e respondi: -bom dia!
os homens, responderam: - buenos dias!
a minha reacção foi, de boca aberta, estava em espanha, e nem me apercebi, ou seja a olhar para a neve, nem me reparei, de ter entrado em território espanhol, o dono do cafe um homem simpatico, disse:- hei amigo, quiere algo? eu respondi:- sim um bom pequeno almoço, porque estou cheio de fome!
O espanhol simpatico, disse:-si servira-ti un buen desayuno.
Não percebi muito bem o que ele disse, mas esperei, pelo comer, enquanto olhava a perna de porco preto, exposta ali mesmo em cima do balcão, e o pãozinho, do lado de lá do mesmo balcão, com um cheirinho apetecível, se eu não fosse maluco! tinha comido naquela aldeia de pedra, uma boa carninha ao jantar, com um bom vinho, e dormia que nem um anjo, debaixo de muitas mantas de la de ovelha.
O meu pensamento foi interrompido, com a chegada do amigo espanhol, de facto ele caprichou, eu estava praticamente almoçado, sorri, agradecendo:-gracias amigo! o espanhol respondeu:-espero que gusta y a regresar ca mas veces.
respondi: -si claro!
Como é que consegui responder em espanhol, deve ter sido da fome, o homem espanhol percebeu, e sorriu.
Pensei estou safo, e almoçado, depois desta viagem para o interior rural mas de espanha, segui mais á frente, vastos campos de oliveiras e parreiras, levaram-me ate mais longe, e so voltei para tras, porque ja se anunciava madrid a 300 km.
Pensei para comigo, não comes mais presunto de porco preto, nem ficas tanto tempo sem comer, voltei para tras, e continuei, no interior rural sempre da zona fronteiriça, mas do lado de cá, parei ali na berma da estrada e escrevi no diario, isto tudo, no dia 14 de dezembro.
Livrei-me de um nevão, no meio da montanha, algumas casas de pedra, surgiam entretanto, deixei o carro no largo da igreja, uma pensão logo ali.
Óptimo pensei, eu hoje durmo aqui, porque não posso avançar mais, por causa da neve, o sino tocava, e ja dentro da pensão, pessoas falavam baixinho umas com as outras, lamentando-se de alguma coisa que não percebia o que era. Perguntei á rapariga da recepção: - esta a tocar para a missa? a rapariga respondeu: -missa? não! morreu foi uma pessoa, é o funeral agora! fiquei a pensar naquilo, afinal isto de toques de sinos nas igrejas, tem ciência, e eu pensava que era tudo, a mesma coisa.
Naquela noite fiquei ali, depois do jantar, subi para o meu quarto, escrevi no diário do interior rural, depois do nevão não saio daqui tão cedo.
Naquela manhã solarenga, a paisagem ao redor era branca, a perder de vista, abri a janela, a temperatura não era gélida, mas sim fria, suportável.
Pensei arrumar as coisas, e rumar ao sul, para isso tinha que voltar para tras, pelo mesmo caminho, enquanto pensava, uma aranha descia da parede de pedra em direcção á janela, percebi que a aranha procurava outro esconderijo, ou o sol, que ja batia nas vidraças. voltei ao meu pensamento, voltar pelo mesmo caminho, não, tinha que procurar outra solução, olhei-me no espelho, tinha umas barbas, quase de meio metro, e uns cabelos, em péssimo estado, deixei o quarto da pensão, naquela manhã.
Desci a montanha, curvas e curvas, e o manto branco, finalmente, ca em baixo, parei o carro e observei toda aquela beleza que ficara para trás, uma cordilheira montanhosa, enfeitada de branco.
O meu caminho agora seria o interior rural, mas para sul e a pensar nisso, segui viagem, as casas que ladeavam a estrada, quase todas saia fumo pelos chaminés, sinal de frio, mesmo ja a caminho do sul, a paisagem agora menos montanhosa, mais plana, algumas árvores sobreiros e azinheiras, vacas e ovelhas sozinhas nos campos, interessante, pensei eu! será que ninguém rouba nada? se calhar não!
Tão distraído, que nem me apercebi, que estava na fronteira, um guarda fronteiriço, mandou-me parar, pediu-me os documentos, olhou-me intensamente, suponho que pensara que eu parecia um bicho, depois de verificar toda a minha documentação, perguntou-me para onde ia, eu disse, que ia para a Corunha, o guarda olhou-me e disse: -se vai para a Corunha não precisa de vir sair aqui a esta fronteira, tinha outra mais a cima, em território português! agradeci, e voltei para trás, porque eu de facto vinha de cima, e não quis dizer mais nada, para que ele não percebe-se que eu era ignorante.
Pensei parar na aldeia ou vila mais próxima, para fazer a barba e almoçar porque estava cheio de fome, entrei num povoado, de casas brancas, com um castelo no cimo de um monte, parei ali, a contempla-lo.
O castelo fez-me sonhar, mas que bela vista tinham eles, do cimo da muralha, imagino a lutas com as espadas, uns em cima outros em baixo, talvez estas gentes saibam da historia deste castelo. Percorri as ruas estreitas do povoado, rumo á entrada do castelo, um homem andava por ali, dirigi-me a ele: -amigo, este castelo magnifico tem alguma historia? o homem respondeu:-Ola, si tiene historia, escuchar aqui algunas guerras entre castellanos y português.
Perante isto, tive vontade de chorar, por ser tão burro, entrara em espanha outra vez e não me dei conta. Agradeci ao amigo espanhol, pelo relato resumido da historia do castelo medieval, voltei para tras, e claro la estava a placa, indicando espanha, e portugal.
Anotei no diario de 15 de dezembro, este dia do interior rural, e ja em portugal, rumei para o sul, e com mais atenção ás placas de sinalização, que indicam os dois país. Rumei ao sul, a arquitectura das casas era ja diferente, em vez de telhados, terraços, outro tipo de árvores, e mais quente.
Parei numa povoação com um rio ali perto, anoitecia quando entrei na naquela terra, de traços mouriscos, toda pintada de branco.
Parei junto de uma casa, uma pensão desta vez o sino não tocava, ali perto um enorme rio, vim a saber que aquele rio era o guadiana, um dos tres grandes rios que nascem em espanha e desagua em portugal, um dos aldeões dizia que de verão trás muito pouca agua, porque vai lhe sendo retirada.
Aquele homem, falava bastante e fazia boa companhia, subi para o meu quarto arrumei as coisas e desci para jantar ao fim de algum tempo.
Uma das conversas do jantar era as colheitas, e sementeiras, ali mesmo ao lado, dois homens falavam da azeitona, e do preço do azeite, um terceiro homem surgiu, e entrou na conversa, e ai eu despistei-me, o homem dizia que as batatas estavam com grelos, e intervi: -desculpe intrometer-me na conversa, mas esses grelos das batatas são os mesmos que comemos cozidos com peixe e batatas! os tres homens olharam uns para os outros e riram ate não poder mais, a minha sorte e que eramos so nos ali, um deles, ficou tão vermelho e mal disposto, que estavamos a ver que tinhamos que chamar o inem. Um dos homens, perguntou-me: -Oh homem de deus! você veio de onde? não respondi, baixei a cabeça e continuei a comer, um deles disse-me: olhe amigo os grelos das batatas não se comem! esses que se comem! são os das couves!
Percebi então, que de assuntos rurais, não percebo nada. Depois daquele dia, resolvi voltar para casa, a minha mulher esperava-me, mostrei-lhe o diário, adorou, fico surpreendida, por eu escrever em espanhol, eu também fiquei surpreso, por ela so agora ter percebido isso! é que o dicionário estava mesmo, ali ao lado, e ela nem reparou nisso.

ana paula alberto caldeira 05/12/10

O regresso de Maria de Sudovia


No palacio real dos guerdam uma grande azafama, os condes de sudovia, chegariam em breve.

Na copa, todos reunidos, para receber indicações sobre o que fazer, quando chegam -se os condes.
No jardim, alfredo, cortava alguns arbustos, quando uma mulher se dirige a ele.
-ola, sabe dizer-me se este palacio, esta aberto ao publico?
alfredo vira-se entretanto:
-ham! hummmmmmmmm! ham! hummmmmmmmmmmm! que se passa?
a mulher repetiu de novo:
-sabe dizer-me se este palacio esta aberto ao publico?
alfredo, desta vez, olho bem a mulher, de oculos de sol, e um sorriso, cativante no rosto.
-duquesa, duquesa,sra duquesa, sra de sudovia, dona maria.
a mulher tirou os oculos, colocando a mão sobre o ombro de alfredo.
-ola querido amigo, estou de volta.
alfredo, quis sorrir mas não conseguiu, teve vontade de correr para dar a novidade, mas ficou, a olhar a duquesa.
maria de sudovia retirou-se em direcção ao palacio.
alfredo corre em direcção á copa, de tal modo, que nem vê o segurança do palacio.
-irrrrrrrrra! que você vai cego!!! aonde vai assim, assim com tanta pressa, parece maluco?ou quê?
alfredo:
-vou á casa de banho!
o segurança:
-ahhhhhhhhhhhhh! pois! logo vi! uma correria dessas! olhe o pior, é se a casa de banho, esta ocupada!
alfredo, não respondeu, e entra esbaforido, na copa, a governanta cala-se:
-oiça la! que maluqueira, é essa?
alfredo, tenta explicar, mas ja não vai a tempo.
-ola amigos, como estão todos
a duquesa entra na copa, ficando, todos espantado a olhar, a duquesa continua.
-Voltei! não sei por quanto tempo, por aqui estarei, mas foi um prazer, voltar a ve-los, de novo, com licença.
a duquesa retirou-se e todos fizeram uma venia, todos tinha conhecimento que a duquesa de sudovia ainda era a ultima rainha, mesmo depois do rei ter falecido.
Na copa continuam as criticas:
-ze manel, tu não percebes nada.
comentava inacia, a chefe da cozinha.
-a sra duquesa ainda é rainha, porque a corte não elegeu rei, e porque os reis não tinham filhos.
damião, responde:
-o que é que tu percebes disto? nada!so de cozinhados! a mulher do rei, continua-a a ser rainha, sempre mesmo depois de viuva, agora não acredito que a corte elega para rei os condes de sudovia? mas sim os sobrinhos do rei, os duques de guerdam!
damião sai para o jardim abanando a cabeça.
-irrraaaaaaaaaaaaaaaaaaa! não vale a pena!
Na capela do palacio, o monge gonçalo, prepara a Eucaristia, a duquesa, entra dentro da capela, pelo acesso inteiror do palacio.
-gonçalo? monge? onde está?
o monge surge:
- duquesa? esta de volta? em que posso ser-lhe útil? preparava-me para eucaristia!
a duquesa sorri, para o monge.
-eu ja sabia, por isso tambem vim, vou sentar-me aqui!
o monge:
- duquesa! ainda é rainha! ficava melhor aqui mais perto do altar.
a duquesa sorriu:
-sou rainha gonçalo. e serei, porque a corte anda muito indecisa, na eleição do futuro rei.
o monge sentou-se perto da rainha.
-maria de sudovia, qualquer um dos previstos, para ocuparem tal cargo, não tem vocação para isso, e outros não tem idade, tu sabes disso!
a duquesa, levanta-se seguindo em direcção ao altar da capela:
-vês gonçalo, aquela coroa é uma das minhas, lembraste de a ter oferecido?
gonçalo, rezava, e não respondeu, a duquesa saiu em seguida da capela, dirigindo-se ao exterior do palacio.
Na copa falava-se da ida dos condes para outro palacio.
-sabes o que ouvi?
fernando, olhava marisa.
-o que ouvis-te?
marisa:
-a rainha quando saiu, do palacio, disse ao segurança, que os condes não vinham, para este palacio, mas para o outro da familia real.
fernando, olha, marisa:
-quem te disse?
marisa:
-ouvi a governanta ao telefone, sabes muito bem que os sobrinhos dela, aqui não entram o rei detestava-os!
fernando, encolheu os ombros, e virou a costas a marisa.
-coisas que esta mulher sabe! meu deus!
No palacio a governanta dava indicações que a rainha iria se ausentar por uns dias, e os condes iriam para outro palacio..
Na capela o monge rezava, depois ergue-se, colocando um manto azul dourado, sobre os ombros, da santa de sudovia.
Nessa madrugada, a rainha ainda voltou, guiando ela própria o carro, o monge deu conta, e surgiu.
-o que anda a fazer, sozinha? não dê mau exemplos aos súbditos, olhe o jornalistas!
maria de sudovia, sai do carro, sorrindo para o monge:
-acha que sim? velho amigo?! hum!
o monge deu uma gargalhada.
-de facto, não! assim vestida e penteada, fica muito bem loira.
No outro dia um grande alvoroço no palacio quatrocentista, com seguranças por todo o lado, marisa havia dado o alarme um carro estranho dentro dos jardins, do palacio, marisa bradava, que tinha explosivos.
Correram todos pelos corredores do palacio, ate ás entradas principais, policias, e mais policias.
O chefe da segurança, dirige-se á rainha:
-majestade, podemos conversar, ali?
maria de sudovia, afastou-se, mais para o lado.
-sim diga, sr comissário.
afastaram-se ambos:
-aquele carro é seu? não é?
maria de sudovia, sorria para o comissario.
-não, é dos condes, que chegaram ontem, o meu carro esta na garagem.
O comissario, olhou para o carro, e para a duquesa:
-e! onde estão os condes? para eu falar com eles?
o monge interveio:
-desculpem! eu interromper, mas este carro é meu! peço desculpa pelo facto de o ter deixado aqui! duquesa desculpe o abuso da minha parte!
o comissario e a duquesa, olharam muito serios para o monge, o comissario olhou mais um vez a rainha, o carro e o monge.
-bem! bem! isto é tudo! muito complicado! ou eu percebi, tudo mal! o melhor é ir andando, e fiquem descansados o carro não tem explosivos, mas, parece que tem dono!
o monge retirou-se, e a rainha também, deixando só o comissario da policia.
o monge, segue a duquesa, quando esta, entra de novo, para o carro:
-aonde vai duquesa?
maria de sudovia:
-vou arrumar o carro, querido cunhado, gonçalo de guerdam!
o monge:
-afinal este carro é dos condes, seus sobrinhos?, aqueles turras, que o meu irmão detestava? certo!
maria de sudovia:
-olhe! turras! dispenso! agora os meus sobrinhos, que o seu irmão detestava! ate aceito! sim o carro é deles! vem busca-lo logo.
O monge retira-se, a duquesa, segue-o:
-gonçalo! não fique assim!
o monge:
-sabe! que vai haver reunião de côrtes, hoje! e eu vou la estar?espere-me para jantar!
Naquela noite chuvosa, a duquesa jantava sozinha, no salão nobre do palacio real, a governanta, surge:
-sra duquesa, posso trazer o café?
o monge entra na sala, vestido de forma clássica, sem o habito de monge.
-não! eu ainda não jantei! o café, daqui a meia-hora se faz favor, maria emilia.
a governanta retirou-se:
-concerteza, alteza!
a rainha olha-o:
-mas que lhe deu! ja jantei á mais de 50 minutos!
o monge:
-ja sabe quem é o rei? majestade?
maria de sudovia, olha para a janela, enquanto o monge olhava para ela:
-não! não sei! mas que chuvada! credo! ate fez um relâmpago!
alguem gritou la em baixo, vou ver!
o monge e a rainha, saem pelos corredores, as luzes apagam-se, ficando ambos na escuridão dos corredores do palacio quatrocentista.
maria de sudovia:
-gonçalo, onde esta? gonçalo, tenho medo do escuro!
gonçalo:
-medo! medo do quê? uma rainha nunca pode mostrar medo aos subditos, o que irão dizer os jornalistas, se souberem disso, eu estou aqui por perto, sossege!
A duquesa e o monge por ali continuaram ate haver luz de novo.
Maria de sudovia vê claridade e vai avançando de vagar ate uma sala.
-venha gonçalo, encontrei um sala, com claridade, não faço ideia qual sala é! mas da para ver o jardim, suponho seja o jardim, rainha maria clara.
o monge:
-sim! ainda não cheguei ai, mas deve ser esse, o jardim que a minha mãe desenhou, portanto estamos no salão atelier, onde a minha mãe pintava.
maria de sudovia:
-sim, estamos, não percebo é porque a porta estava aberta, costuma estar fechada. Olhe! finalmente a luz, que alivio, gonçalo? gonçalo? onde está? gonçalooooooooo?
o monge gonçalo:
-estou aqui ao detras de um tela! vamos então, estranho esteve aqui alguem, as luzes tambem estavam acesas!
maria de sudovia:
-onde anda o telefone, ah! esta aqui! quero esta sala fechada, estou maria emilia? sou eu, pode vir ate aqui, ao atelier da rainha maria clara? obrigado!
o monge retirou-se, da sala, seguindo pelo corredor principal do palacio real, a duquesa caminho ate á porta, espreitando para um lado, e para outro.
-desapareceu! ah! ainda bem que chegou maria emilia, vamos conversar para aqui, venha.
-maria emilia, esta sala estava aberta, com a luz acesa, aconteceu alguma coisa?
maria emilia:
-sim, estavamos a limpa-la, por isso estava aberta, quando houve o corte de luz, a marisa ia a descer as escadarias, porque ia la em baixo, buscar o pano do pó, quando escorregou nos degraus de pedra, e caiu! por isso se ouviu um grito, mais alguma coisa majestade?
maria de sudovia:
-não! não! obrigada! depois quando terminarem voltem a deixar a porta fechada, e as luzes apagadas, se faz favor, agora com licença, vou procurar monge meu cunhado!
maria emilia:
-permita-me senhora duquesa! mas o senhor monge esta na sala do trono!
a duquesa olhou maria emilia:
-esta bem vou ate lá então, com licença.
maria emilia, baixou ligeiramente a cabeça, murmurando baixinho:
-tem um reinado pela frente, e ainda não sabe, ou não diz!
maria de sudovia, não encontra gonçalo, na sala do trono. Continua caminhando pelo corredor, espaçoso do palacio, num infinito de portas a desembocarem nele, mais, salas e salões.
-pronto! perdi-me, não conheço esta ala, ou seja muito pouco, não haverá um telefone aqui perto? deixa ver?!
quando se vira, gonçalo atras de si.
a rainha olhou fixamente, os olhos do homem, que tambem a olhava:
-porque me olha assim? há muito tempo que me persegue?
o monge sorriu, baixando a cabeça, nas suas mãos o rosario de perolas brancas.
-não! estava aqui, no meu quarto, perto da capela do lado norte, vim vestir o habito.
a duquesa sorriu:
-não lembrava, que dormia aqui, estava tão distraída em pensamentos, que nem me lembrava disso, mas á pouco, quando houve, o corte de luz, ficamos a meio de uma conversa, quem é afinal, o novo rei?
o monge sorriu, passando a mão, pelo cabelo da duquesa.
-eu, maria de sudovia!
maria de sudovia, deu uma gargalhada.
-gonçalo! mas que maravilha! fantastico, ja tinha pensado nisso, o irmão do rei, o irmão militar! boa escolha!
gonçalo, riu-se, e virou-se para a janela, coçando a testa.
-outra resposta não esperava de si, majestade! e tenciona ficar aqui! para me ajudar? ou vai morar para o palacio dos condes seus sobrinhos?
maria de sudovia:
-é como entender! cunhado! os meus sobrinhos precisam de mim, como sabe! mas o senhor não!não é?
o monge virou-se para a duquesa:
-maria de sudovia, eu de facto fui eleito pelas côrtes, para ser eu o rei! mas abdiquei a favor de outra pessoa! tanto eu como as côrtes, concordaram plenamente!nisso!
maria de sudovia:
-ah! sim! e quem? os seus sobrinhos? e do meu defunto marido, rei! olha a luz de novo! estamos ás escuras, mas então diga lá?
o monge retirou-se, e maria de sudovia segue-o, pelo corredor:
-gonçalo! gonçalo! gonçalo! não seja assim, olhe que deus não gosta de pessoas que reagem desse modo, e ainda para mais o senhor é monge!
monge continua pelos corredores, dirigindo-se para a capela do lado sul, entra, e segue na direcção do altar, retira a coroa de diamantes, que estava ao lado da santa maria de sudovia, e com a coroa na mão, vai na direcção da duquesa, colocando-a, no cimo, da sua cabeça:
- a rainha, continuas a ser tu, porque foste a eleita, eu abdiquei a teu favor, esta é a coroa, que tu eleges-te, como tua, no tempo do meu irmão.

12/11/2010 ana paula alberto caldeira